A Graciosa foi a ilha escolhida
para a implementação de dois projetos “estruturantes e qualificantes” na área
da climatologia, o projeto ARM, para a medição da radiação atmosférica, e o
projeto SuperDARN, que comprovam “a grande centralidade atlântica dos Açores face
a quadros mundiais de referência ao nível da sociedade do conhecimento e da
investigação, e colocam o arquipélago a par daquilo que se faz em todo o mundo
em matéria de pesquisa científica”, afirmou o Secretário Regional da
Ciência, Tecnologia e Equipamentos.
José Contente, que falava na
cerimónia de apresentação do Projeto MSI – SuperDARN Super (Dual Auroral Radar
Network), afirmou que as duas estações representam uma mais-valia no quadro de
uma rede mundial que estuda questões da climatologia, “fundamentais para se
perceber os modelos climáticos e como eles devem ser aperfeiçoados no futuro”.
A cadeia de radares a construir na
ilha Graciosa irá integrar a rede SuperDARN, que inclui 25 radares, instalados
nos hemisférios Norte e Sul, e envolve 10 países numa atividade
científico/internacional, que dará a oportunidade à comunidade científica de
obter uma compreensão aprofundada acerca dos movimentos do plasma na região
acima do Atlântico Norte.
O SuperDARN é um projeto promovido
pela Fundação Nacional para a Ciência dos E.U.A., com a colaboração do Governo
Regional dos Açores, através da Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e
Equipamentos, e da autarquia de Sta. Cruz da Graciosa, sob a coordenação da
Universidade de Dartmouth. Envolve ainda o Centro do Clima, Meteorologia e
Mudanças Globais da Universidade dos Açores, do Instituto Politécnico e
Universidade Estadual da Virgínia, da Universidade do Alaska e do Laboratório
de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.